A Nova Geração de Líderes: Por que Só Ser Bom Técnico Não Garante Sucesso na Gestão

Wandrson Vieira

11/3/20253 min read

A Nova Geração de Líderes: Por que Só Ser Bom Técnico Não Garante Sucesso na Gestão

O mercado brasileiro está vivendo uma verdadeira revolução no perfil dos líderes empresariais.

Segundo o Observatório Nacional da Indústria, líderes jovens — entre 21 e 40 anos — já representam quase 28% dos sócios das indústrias nacionais, movimentando o setor e puxando 8% das contratações formais entre 2022 e 2023, quase o triplo das empresas sem participação jovem.

Essa tendência é observada em segmentos como tecnologia, indústria, comércio e serviços, onde executivos abaixo dos 40 anos dirigem estratégias inovadoras, digitais e focadas em propósito.​

Esses dados revelam não só um crescimento acelerado, mas também a diversificação do perfil dos líderes no Brasil. Setores como comércio e serviços já são majoritariamente comandados por líderes jovens e mulheres, refletindo uma mudança cultural e metodológica nas empresas.​

O Dilema do Técnico Excelente que Vira Líder

Apesar desse cenário positivo, persiste o desafio estrutural: grande parte dos profissionais promovidos à liderança o são por seu desempenho técnico, sem a devida preparação comportamental, emocional e gerencial exigida pelo cargo.

Segundo a consultoria Gartner, 85% dos gestores recém-promovidos nunca passaram por treinamentos formais de liderança, e até 70% deles falham nos primeiros 18 meses por falta de mentoria, apoio e desenvolvimento contínuo.​

O impacto disso nas organizações é significativo:

  • Despreparo gera insegurança e baixa performance: líderes sem capacitação enfrentam dificuldades na comunicação, delegação, motivação de equipes e resolução de conflitos, gerando insatisfação e alta rotatividade de talentos.​

  • Perda de visão estratégica: ao focar apenas no operacional — o que dominavam como técnicos — muitos líderes deixam de lado o desenvolvimento das pessoas, inovação e cultura organizacional.​

  • Ambientes tóxicos e turnover: o despreparo emocional e falta de inteligência interpessoal aumentam a pressão, criam ambientes tóxicos e desmotivam os times, impactando diretamente resultados e saúde do negócio.​

Desafios Reais de Quem Assume Liderança Recente

Além da questão técnica, há dificuldades comportamentais e emocionais:

  • Medo de lidar com conflitos internos (27% dos times não veem seus líderes aptos para isso)​

  • Dificuldade em reter talentos: só 45% dos colaboradores se sentem apoiados por seus gestores​

  • Resistência às mudanças: só 54% dos times confiam nos líderes para conduzir processos de inovação​

  • Pressão por resultados e apoio da diretoria: sem patrocínio, líderes intermediários perdem força​

Caminhos para Formar Líderes de Alto Impacto

A transformação de especialista técnico em líder é um processo que demanda aprendizagem contínua e suporte consistente.

Organizações que investem em trilhas de desenvolvimento, coaching, mentorias e feedback estruturado têm 2,2 vezes mais chances de engajar equipes, reter talentos e obter os melhores resultados. O preparo para a liderança deve incluir:​

  • Capacitação em habilidades socioemocionais, como empatia, comunicação, visão integrada e gestão de conflitos​

  • Aprendizado sobre delegação, acompanhamento de performance e celebração de conquistas

  • Mentalidade de crescimento: aprender com erros, buscar inovação e investir na formação de equipes diversas

Promover uma cultura de aprendizado contínuo, reconhecer as diferenças geracionais e investir em líderes preparados é o caminho para evitar ambientes tóxicos, prejuízos e garantir a sustentabilidade do negócio.​

Você está passando por esse momento de transição, ou conhece alguém que vive esse dilema?

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Não fique sozinho, vamos juntos evoluir e transformar o cenário da liderança no Brasil.